domingo, 3 de julho de 2011


Durante uma reunião de professores da Escola Ernani Silva Bruno, em Taipas (periferia de São Paulo), surgem as questões: "Qual é o perfil do aluno das escolas públicas?"; "A didática dos professores dá conta desse novo perfil de aluno?". A partir desse questionamento professores e especialistas (Ana Lúcia Guedes, da Faculdade de Educação da Unicamp e José Cerchi Fusari, da Faculdade de Educação da USP) desenvolvem seus argumentos.
Esse documentário mostra uma realidade da escola de São Paulo, mas que também se reflete em todo o país  de forma geral e apresenta a opinião de dois pesquisadores sobre Educação. O interessante é observar como as teorias dão base para uma postura didática prática e a importãncia dos professores de aliar essas corentes e perpassar tanto âmbito teórico quanto prático.

Um vídeo interessante para trabalhar em sala de aula, principlamente com turmas de Educação de Jovens e Adultos.

Próximas visitas e as oficinas

A coordenadora nos ofereceu uma turma de 2° ano récem formada, no total 15 alunos inscritos, mas apenas cinco estavam presentes quando fomos fazer as oficinas. Nossa oficina estava pautada na literatura, a idéia foi de uma das integrantes da equipe de trabalharmos com Literatura com o objetivo de incentivar a leitura e mostrar os aspectos posistivos da literatura enquanto arte.
No primeiro dia, fizemos um diagnóstico, com o instrumento questionário, para avaliarmos inicialmente o nível de leitura e contato que os estudantes tinham, para saber que tipo de texto literário iríamos usar. Após esse diagnóstico fizemos no segundo encontro um trabalho com o conto "Uma idéia todo azul" de Marina Colasanti, é um conto que fala de uma idéia especial que um rei teve, mas ela era tão importante que ele preferiu guardá-la para o momento certo, mas se passaram anos e quando ele já tinha tempo para curtir e aproveitar a sua idéia, ela já não era oportuna e nem interessante.
O debate e a interpretação do texto foi muito proveitosa, apesar da turma ser pequena, foi uma tarde inesquecível, percebemos o interesse deles pelo conto e espero ter deixado o "gostinho de quero mais" para eles pesquisarem outros contos. Os pontos destacados foram elementos que compõem um conto, como a narrativa, imagens e descrição e a participação e imaginação do leitor. Eles começaram a imaginar o personagem do conto, o cenário e pedimos para que criassem um personagem, mas uma das alunas foi além, ela escreveu em pouco tempo um conto. Foi muito emocionante a história dela, pois tinha um final trágico, mas com uma lição de amor no final.
Isso não tem preço. Fiquei muito feliz, pois com pouco podemos alcançar grandes atitudes. Pensei enquanto uma futura educadora, como eu posso ajudar os espaços em que eu passar, como pequenas atitudes pode trazer boas consequências, essa experiência traz um novo ânimo para a minha docência.

A primeira visita na escola




 A escola que meu grupo escolheu para a realização das oficinas foi a Escola Estadual Manoel Novaes. Quando chegamos, não fomos muito bem recebidos, esperavámos uma recepção melhor já que a escola tem contato com vários estagiários da UFBA. Mas nos trataram como "mais uns" que vieram á escola, por isso a recepção não foi as melhores, entretanto conseguimos falar com a coordenadora e de imediato, ela nos disse das dificuldades em relação a horário, pois haveria uma mudança na escola e posteriormente nos falaria qual seria o horário dos professores de português, não conseguimos visualizar o Projeto Político Pedagógico.
Marcamos uma próxima visita para apresentar nosso projeto de oficina. Mesmo com as dificuldades iniciais, ficamos gratos pela disponibilidade da escola, porque permitiu a nossa participação.



Essas são as imagens da produção da oficina, podem se perguntar, cadê o restante dos alunos? A escola nos deu uma turma pequena, mas não desistimos, pois conseguimos fazer a diferença para eles.
A situação crítica dos professores brasileiros, o descaso com a profissão e o desabafo de uma educadora.
Esse vídeo ganhou popularidade no início, mas o que se tem feito?
A desvalorização do profissional de Educação está ao extremo, que constraste para um país que almeja um desenvolvimento e não dar crédito para essa área que está em declínio, como alcançar qualidade com a precariedade em que vivemos?
A reflexão só é válida quando tem por consequência uma ação.
Entrevista com Ataliba de Castilho